Projeto Ciclocênico




  O Projeto Ciclocênico nasceu da ânsia de proporcionar a todos, sem qualquer distinção, o acesso à cultura. Para tanto, escolheu a praça pública, que há milênios está na rota dos artistas saltimbancos e é palco por excelência da arte popular. A trupe utiliza uma estrutura simples e com qualidade para o exercício da atividade cênica: duas carroças rebocadas por bicicletas se transformam em palco e dão abertura para o acontecimento teatral, sempre em espaços alternativos.

No ano de 2011 o espetáculo “Farrandança”, do Projeto Ciclocênico, com direção de Platão Capurro Filho, foi contemplado pelo Edital PROAC - Produção da Secretaria de Estado da Cultura e pelo Edital Facult, de Fomento à Produção Artística na cidade de Santos – SP. 

Recentemente, foi aprovado pela Lei Rouanet e está em fase de captação para apresentações em cerca de 40 (quarenta) cidades do litoral e interior do Estado de São Paulo, além de cidades do Estado do Mato Grosso do Sul. 

A escolha pela bicicleta adveio da ligação intrínseca deste objeto com a população da Baixada Santista. Aqui, trabalhadores, turistas, estudantes, crianças e adultos, das mais diversas origens e classes sociais, fazem da bicicleta seu meio de transporte. Seja por necessidade financeira, por ser um hábito saudável ou por proporcionar momentos de prazer em um passeio pela orla, o instrumento tornou-se símbolo inerente à paisagem da região. É nela que levamos o resultado desse intenso trabalho, fruto de nossas inquietações, experiências e emoções.


FICHA TÉCNICA


Direção e Adaptação:                                    Platão Capurro Filho
Texto:                                                            Joaquim Manoel de Macedo e Karl Valentin
Projeto cenográfico:                                       João Paulo Rivera
Direção Musical:                                            Julinho Bittencourt
Figurinos:                                                       Gilson de Mello Barros
Produção Executiva:                                       Platão Capurro Filho, Camila Baraldi, ,                                                                     Marcia Marques, Ernani Sequinel e Fabíola Nascimento
Elenco:                                                           André Nunes, Bruna Telly, Camila Baraldi ,                                                                                                       Daniel Valverde, Déia Oliveira, Wagner Bastos e Márcia Marques.
Assistente de Direção e Preparação Vocal:     Fabíola Nascimento
Designer Gráfico:                                           Betinho Neto
Idealização e Produção:                                 Coisas De Teatro Cia. De Arte e Teatro Widia

SINOPSE – FARRANDANÇA

Sr. Antônio é dono e apresentador de uma tradicional cia mambembe. Seu tesouro mais precioso é Chiquinha sua filha e primeira bailarina da Cia., que namora Calixto, um reles assistente de palco que insiste em representar Otelo e ganhar notoriedade como o grande ator que pensa ser. Calixto, porém, tem em seu caminho um grande obstáculo, Sr. Antônio que “insiste em lhe esfriar a cena”. A história retrata de forma bem humorada o cotidiano desses artistas e se desenrola por entre números circenses, ensaios, música e muita confusão.

PROPOSTA DE ENCENAÇÃO

O espetáculo inicia com um cortejo que segue pelas ruas do bairro, duas bicicletas com uma pequena carroceria, cada uma dirigida por um ator, outros atores seguem caminhando ao lado, cantando e tocando instrumentos musicais levando o público ao local da apresentação. A montagem do espaço é coreografada, a apresentação já começou. Uma companhia de atores mambembes, em linguagem farsesca, com suas confusões, vai surgindo levando alegria e reflexão nas comunidades: é a Farrandança! Estudamos as técnicas do Teatro Popular Brasileiro, do Circo Teatro, da Farsa e da Commedia Dell’Arte, dentro do contexto teórico de O Riso de Henri Bergson. Dessa forma, durante o processo de criação foram realizadas leituras que expunham os aspectos históricos e estéticos destas linguagens; além de oficinas e workshops direcionados ao aprimoramento do grupo em relação ao tema. Outras linguagens como: Mímica, pantomima, grammelot, clown e improviso foram estudadas para incorporar a qualidade técnica do espetáculo. Compõe o projeto, atores pesquisadores que participaram ativamente da adaptação dos textos já existentes e da criação dos atos e entre atos que darão continuidade ao espetáculo. Os textos utilizados “Novo Otelo de Joaquim Manoel de Macedo” e “Concerto de Orquestra de Karl Valentin” são obras de Domínio Público e foram adaptados para este trabalho.









 
ENSAIOS
Foto: Rodrigo MMorales




Foto: Rodrigo MMorales




Foto: Rodrigo MMorales




Foto: Rodrigo MMorales


Foto: Rodrigo MMorales


Foto: Julinho Bittencourt


Foto: Julinho Bittencourt


Foto: Julinho Bittencourt


Foto: Julinho Bittencourt


Foto: Julinho Bittencourt

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